segunda-feira, 13 de agosto de 2012

34 ANOS e o nosso AMOR



Vestida de branco ia a noiva,
nas mãos, botões de rosa bem apertados
compunham o ramo.
À entrada da igreja esperava o noivo,
elegante,
vestido a preceito
no seu fato preto de calças listadas.
No bolso do peito um botão de rosa,
uma rosa tirada do boquet apertado
que ele por ser noivo teve direito.

Era tanta gente,
amigos talvez,
mas na memória dela só ficou o instante
de dizer o sim, desfilar pela rua,
e sorrir,
comer muito pouco,
sentir mais calor,
dar meia volta, sair dali e partir
para bem longe (o possível).

Queria estar só,
partir para outro lado,
o local já destinado, mas para a época afastado
onde junta com ele descobrisse o mundo,
a verdade,
o segredo escondido no desejo contido,
de se unirem os dois finalmente,
de gozarem o prazer
de um amor mal cuidado,
demasiado guardado,
protegido,
muito desprevenido
e demais desatento
ainda puro e desconhecido.
Mas o amor não se guarda, nem se esconde, não se manda esperar,
partilha-se, dá-se, vive-se, sente-se e pronto....

Ao amor, nada se lhe pode pedir,
só temos que o receber, sentir e dar como troca amor igual. 
Mas não o devemos soltar, não demais,
porque o podemos perder.
Deve-se viver cada dia na medida certa,
mas gozar o prazer de o ter porque é nosso e não pode morrer.
Porque se cansa, desalenta,
se esgota, cansa e perde o encanto,
o fascínio da aurora,
e quando se mostra, não conta histórias loucas
nem nos fala com emoção ao coração.

E ela começou a aprender a amar,
devagar, lentamente
numa busca constante,
que dura, que durará sempre,
de que  não desistirá nunca,
porque ainda não o encontrou a seu gosto,
porque lhe desconhece o segredo
a forma de o alcançar em pleno.

Não pensem os inteligentes que ele é fácil de alcançar...
e preservar igual e isento como se fosse sempre jovem e louco.  

Nessa busca constante
vivem ainda os dois,
juntos, mais unidos ainda,
em busca de um amor novo,
um amor maior e supremo,
o amor pela família, do encontro com a paz,
do conforto, da compreensão,
do amar mais com o coração,
que com o corpo ou a razão.

E assim para toda a vida ficarão,
juntos, presos aos seus,
como lhes disse o padre naquele dia:
"para o bem e para o mal, até que a morte os separe",
como se a vida fosse de verdade um conto de fadas...
momentos de luz que nos iluminam a alma e aquecem cada dia o coração...



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