A História de uma menina triste, franzina e assustada, que só procurava a paz, amar e ser amada!
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Não à morte...Não à vida!
Ficou-se lentamente até que se foi um dia,
não se sabe se com dor , com pena, ou por desejo.
Partiu com o corpo mirrado e seco,
sem ter já o aspecto do homem que sempre fora outrora.
Há muito que não comia como devia,
não falava e não se sabia se ouvia.
Parecia que dormia.
Mas se pensava, ouvia ou percebia,
nem ela sabe, que estar assim já não era vida.
Apagou-se cada dia mais um pouco,
até que num certo instante,num dia à noitinha,
sem se importar com nada nem ninguém,
disse adeus a tudo, fechou os olhos para sempre e foi embora.
Ela viu-o morrer devagarinho,
perder aos poucos tudo o que fez dele um dia,
um homem forte, robusto e lindo.
Mas mesmo fraco e débil, deitado naquela cama,
ela queria-o junto dela todos os dias,
pois a luta dela pela vida dele, era mais que sentida, era o amor que resistia.
No dia em que o viu partir
e muitos outros que se seguiram
chorou inconsolável de amargura.
Agora só pensa nele,
não entende porque se foi tão cedo
porque lhe fugiu, se o cuidou sempre como ele precisava.
E mesmo estando cego, surdo e mudo
queria-o junto dela cada instante
porque o amava e ele era o seu fascínio desde menina.
Hoje cuida das suas roupas,
lava-as, passa-as a ferro,
areja muito bem tudo o que é dele,
e abraça-se a chorar sem ninguém ver
aos fatos e às camisas que ele vestia
quando ainda tinha vida,
e era o homem vivo e forte que tanto bem lhe queria...
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