Não sei como entender
a força dos sonhos que
me invadem
que penetram o meu
corpo
fazendo-me sentir
e pensar
que tudo que neles vivo é realidade.
que tudo que neles vivo é realidade.
Acordo estonteada,
quantas vezes
apavorada,
tremendo suada
desses sonos profundos
em que os sonhos me parecem
em que os sonhos me parecem
enterrar em algum
país distante tão fundo e tão profundo
que custo a acordar, a erguer-me
deles
para voltar de novo à vida,
para voltar de novo à vida,
à minha realidade.
Presa na alma por um
fio de nada a eles,
tenho medo
que tudo possa ser verdade
que tudo possa ser verdade
porque nesses sonhos tudo me parece ser autêntico.
Neles leio os meus desejos mais secretos,
sinto em mim tudo como um todo inteiro e real
sinto em mim tudo como um todo inteiro e real
verdades que não sei porque me
infestam
mas que sinto serem concretas e
exactas,
que falam comigo
me contam e fazem sentir
coisas infindas
me contam e fazem sentir
coisas infindas
me fazem experimentar o que preciso,
Pensar nos meus sonhos,
em cada um deles,
em cada um deles,
é imaginar que aquele é um outro
mundo onde vivo
onde tudo me parece
real,
um mundo negro e impossível,
escuro e mesquinho que me atormenta,
mas onde sinto
prazeres que gosto
e dores que não mereço.
e dores que não mereço.
Por isso quando acordo,
estremeço inteira
arrepio-me toda
e tento esquecer, mesmo
sem entender
porque sonho assim,
porque existe em mim
aquele mundo irreal
que me atormenta
que faz o meu coração bater tão apressado
e assusta o meu corpo
inteiro
que parece não ser meu.
Sim,
na verdade entendo,
mas prefiro esquecer.
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