sábado, 9 de fevereiro de 2013

Presa em mim....



Estou rodeada de mil baraços
cordas que me prendem,
forças ocultas que me puxam e comandam,
me fazem faltar o ar, a força, a genica e o alento.
Tudo, o que desesperada busquei em mim 
e não recordo ter tido
com a abundância de o recordar agora, que ainda vivo
eu recorda e lamento não ter tido.
O cansaço desgasta-me devagar,
mas eu deixo.
Perdi a vontade de lutar,
de caminhar em frente olhando para longe,
perdi a vontade de quase tudo e quase nada me assiste,
mas eu deixo
Comigo hoje, parece que nada tenho, nada é, nada mais existe.


Porque estou assim?
Porque sou assim hoje ainda mais que ontem?
Porque não me liberto e grito e fujo?
Porque não me deixo voar mais longe,
mesmo que seja só em sonhos
fazendo de conta que me liberto de tudo,
até dos pensamento vis,
os mais mesquinhos que me torturam,
fazendo de conta que tudo valeu e vale a pena?

Porque, 
mais que correr, 
não voo como o vento
e não derrubo com os meus gritos e ais profundos
o que me impede de ser a mulher que queria ser cada momento?

Porque não corto as amarras que me prendem aqui?

Sei há muito, 
que não me deixam viver como gostaria.
Não me deixam caminhar livre.
E tal como ontem, 
sei que nunca  o farei,
mas pelo menos hoje 
eu queria isso.

Sabes porquê?
Eu não sei,
mas como sempre, eu deixo que tudo,
seja o que for, tome conta de mim,
me sufoque e me domine.


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