Ninguém imagina o que me vai por
dentro.
Algo em mim, que nunca esteve bem,
sinto e sei agora que findou,
que morreu de repente e para sempre
deixando-me diferente.
Sinto-me vazia,
imprestável, cansada
e velha, mais nada.
Agora não presto, não valho mais que
um trapo
e ainda há diga,
que afirme convicto,
quem se atreva a dizer que sou
valente,
que tenho força, que mais isto e
aquilo.
Tudo mentira, mentira.
Valente como, se não tenho
forças?
Não tenho vontades?
Se nada tenho comigo além de um vazio imenso
que me penetrou inteira,
entrou por
mim adentro
se instalou em mim
e parece que jurou
ficar em mim para sempre.
Sinto vontade de algo, mas nem sei bem
do quê.
Fugir, andar sem parar,
fazer algo que me dê algo, que me tire desta fossa
me dê coragem e alento,
me faça sorrir ao olhar para
dentro de mim
me faça sentir que ainda vale a pena estar por aqui
que ainda é tempo de tudo
que mesmo chorando e penando
os sorrisos que são passageiros, vão
e voltam de vez em quando
também hão-de voltar para mim
num dia qualquer
talvez numa noite de luar,
talvez de
Lua cheia,
mas voltar para ficar.
Agora não sei que fazer.
Agora estou oca, vazia,
tenho medo de tudo.
Tenho medo de mim,
porque me sinto nua.
Fotos do Google
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