Um
dia todos partimos, eu seu
mas fica mais um dia,
fica mais um dia homem,
hoje é ainda muito cedo ainda
e depois de morto ficar mais frio ainda.
Algum tempo mais por aqui,
ia fazer-te bem
Pensa, pensa mais,
mas fica mais um dia,
fica mais um dia homem,
hoje é ainda muito cedo ainda
e depois de morto ficar mais frio ainda.
Algum tempo mais por aqui,
ia fazer-te bem
Pensa, pensa mais,
por
favor, não te vás assim,
nem de qualquer outra forma não te vás
sem pensar, sem o desejar,
pois lá nada é como tu imaginas.
nem de qualquer outra forma não te vás
sem pensar, sem o desejar,
pois lá nada é como tu imaginas.
Tu
sabes que a vida é linda
(que disparate, pareço doida, não se pede a alguém que se quer matar
para não o fazer, "por favor")
Afinal todos partimos um dia, ninguém cá fica…dizia eu com esperança
é que numa hora destas tudo se diz,
argumenta-se com psicologia,
exige-se, implora-se,
dá-se-lhe murros de vida,
(que disparate, pareço doida, não se pede a alguém que se quer matar
para não o fazer, "por favor")
Afinal todos partimos um dia, ninguém cá fica…dizia eu com esperança
é que numa hora destas tudo se diz,
argumenta-se com psicologia,
exige-se, implora-se,
dá-se-lhe murros de vida,
grita-se
e até de joelhos se implora
mas não se desiste
de resto, não sei mais o que se faz,
mas tenta-se tudo, até o impossível
e se for preciso
mete-se-lhe à força na cabeça que se ele morrer,
mas não se desiste
de resto, não sei mais o que se faz,
mas tenta-se tudo, até o impossível
e se for preciso
mete-se-lhe à força na cabeça que se ele morrer,
morremos
também
Melhor ainda,
dizemos-lhe que existem coisas que nunca mais verá,
que todos viemos ao mundo e andamos nele à deriva,
e também sofremos,
Melhor ainda,
dizemos-lhe que existem coisas que nunca mais verá,
que todos viemos ao mundo e andamos nele à deriva,
e também sofremos,
olhe
que a vida vale a pena
fazemos coisas boas
e outras menos boas,
por vezes passamos fome, bebemos água impura
podemos beber cerveja,
anis,
fazemos coisas boas
e outras menos boas,
por vezes passamos fome, bebemos água impura
podemos beber cerveja,
anis,
líquidos diferentes,
mesmo os mais finos
e até o mais divino,
o vinho,
e comemos de tudo,
mas comemos,
nem que seja a sopa que o estado dá
amamos e padecemos,
mas mesmo sofrendo de amor ou seja do que for,
vivemos,
e mesmo que em segredo, o amor vivido, o ausente e o sofrido,
ajuda a espalhar amor pelo mundo,
enche-nos de paz,
e isso é bom, verás
Engrandece-o e fortifica-o,
e se te vais,
ele nunca mais te verá
não será o mesmo.
Com certeza que morrer não será melhor que amar,
sorrir e gargalhar...
mas é nisto que temos, que tens que pensar.
mesmo os mais finos
e até o mais divino,
o vinho,
e comemos de tudo,
mas comemos,
nem que seja a sopa que o estado dá
amamos e padecemos,
mas mesmo sofrendo de amor ou seja do que for,
vivemos,
e mesmo que em segredo, o amor vivido, o ausente e o sofrido,
ajuda a espalhar amor pelo mundo,
enche-nos de paz,
e isso é bom, verás
Engrandece-o e fortifica-o,
e se te vais,
ele nunca mais te verá
não será o mesmo.
Com certeza que morrer não será melhor que amar,
sorrir e gargalhar...
mas é nisto que temos, que tens que pensar.
É
certo que depois de morto acaba tudo,
o que é mau desaparece,
mas e o resto, o que é bom?
O ovo estrelado, a batata frita,
o pastel de nata, a sardinha assada no Verão?
E o abraço, os amigos, os amores e o desejo contido,
e o outro,
o sexo desejado, o beijo dado e recebido puro ou louco,
mas sempre doce?
A vida é difícil e dura,
todos sabemos
mas tão curta,
para quê encurtá-la
e ainda por cima com uma corda ao pescoço?
Anda tira isso...
( não sei se lhe disse isto ainda a tempo...)
mas fui falando sempre
As raízes que deixas na terra precisam de rega
são jovens,
não têm ainda estacas firmes
sem pais entortam,
penso até,
que murcharão depressa,
que por a mãe ter partido à força,
por vontade do destino,
não podem ainda, nem nunca, ficar à deriva,
Pensa nisto homem.
Por favor( lá estou eu outra vez) não esqueças as tuas raízes puras
são tuas e aguardam-te todos os dias.
E as dividas que te importam?
Deixe-as ter vida, também as tenho e olho-as todos os dias,
e sabes que mais, elas sobrevivem.
Um dia vão-se finar. Eu acredito, acredita comigo que as tuas,
o que é mau desaparece,
mas e o resto, o que é bom?
O ovo estrelado, a batata frita,
o pastel de nata, a sardinha assada no Verão?
E o abraço, os amigos, os amores e o desejo contido,
e o outro,
o sexo desejado, o beijo dado e recebido puro ou louco,
mas sempre doce?
A vida é difícil e dura,
todos sabemos
mas tão curta,
para quê encurtá-la
e ainda por cima com uma corda ao pescoço?
Anda tira isso...
( não sei se lhe disse isto ainda a tempo...)
mas fui falando sempre
As raízes que deixas na terra precisam de rega
são jovens,
não têm ainda estacas firmes
sem pais entortam,
penso até,
que murcharão depressa,
que por a mãe ter partido à força,
por vontade do destino,
não podem ainda, nem nunca, ficar à deriva,
Pensa nisto homem.
Por favor( lá estou eu outra vez) não esqueças as tuas raízes puras
são tuas e aguardam-te todos os dias.
E as dividas que te importam?
Deixe-as ter vida, também as tenho e olho-as todos os dias,
e sabes que mais, elas sobrevivem.
Um dia vão-se finar. Eu acredito, acredita comigo que as tuas,
e
as tuas dores e penas, também hão-de amainar.
Contra
a fome o estado diz que ajuda, é o que dizem,
mas os teus vizinhos são grandes amigos
Vá pensa, vê se sabes pensar e não faças isso
Se desistires dessa loucura eu ensino-te a amar,
amo-te e ajudo-te a viver.
Olha, que eu grito aflita e aparece aqui meio mundo.
Se morres assim,
não levas padre e onde “ela” está,
ficará triste e magoada
Deus que existe, não vai gostar e a falecida roga-te uma praga
E o homem de cara já roxa, ouvia, ouvia e não se decidia,
nada me respondia, só ouvia,
e já nem sei se isso acontecia
estava roxo e hirto, era só isso que eu via.
De repente, de olhar enevoado implorou ajuda
lembrou-se dos filhos,
o melhor de tudo que tinha feito no mundo,
lembrou os seus rostos,
viu-os sozinhos depois dele partir
e com mais fome que sempre, viu-os a chorar por ele que não era nada
mas que afinal tinha alguém que o amava.
Mas com tudo isto, não sei se era tarde.
Será que o homem caído no chão, estrebuchando,
cuspindo sangue se salvaria?
Até ali, fiz o que pude, implorei, roguei a todos os Santos,
disse-lhe o que sabia, tudo o que me lembrei na altura, …
mas o homem estava hirto, mudo, parecia findo
O mundo está difícil,
mas pelos filhos que ainda não sabem andar pela vida,
tudo se faz, tudo nos e lhe era devido
E o homem mexeu-se e rebolou,
cuspiu, e agachado não conseguia respirar,
mas finalmente respirou
parece que ganhou forças arranjou forças ergueu-se
e estonteado, cambaleando, tonto,
sabendo-se arrependido
pediu clemencia a Deus e de repente andou direito, parecia outro
que pelos filhos tudo se faz
E o homem roxo,
meio moribundo, ressuscitou,
eu vi que ressuscitou.
Decerto foi o amor que o salvou
mas os teus vizinhos são grandes amigos
Vá pensa, vê se sabes pensar e não faças isso
Se desistires dessa loucura eu ensino-te a amar,
amo-te e ajudo-te a viver.
Olha, que eu grito aflita e aparece aqui meio mundo.
Se morres assim,
não levas padre e onde “ela” está,
ficará triste e magoada
Deus que existe, não vai gostar e a falecida roga-te uma praga
E o homem de cara já roxa, ouvia, ouvia e não se decidia,
nada me respondia, só ouvia,
e já nem sei se isso acontecia
estava roxo e hirto, era só isso que eu via.
De repente, de olhar enevoado implorou ajuda
lembrou-se dos filhos,
o melhor de tudo que tinha feito no mundo,
lembrou os seus rostos,
viu-os sozinhos depois dele partir
e com mais fome que sempre, viu-os a chorar por ele que não era nada
mas que afinal tinha alguém que o amava.
Mas com tudo isto, não sei se era tarde.
Será que o homem caído no chão, estrebuchando,
cuspindo sangue se salvaria?
Até ali, fiz o que pude, implorei, roguei a todos os Santos,
disse-lhe o que sabia, tudo o que me lembrei na altura, …
mas o homem estava hirto, mudo, parecia findo
O mundo está difícil,
mas pelos filhos que ainda não sabem andar pela vida,
tudo se faz, tudo nos e lhe era devido
E o homem mexeu-se e rebolou,
cuspiu, e agachado não conseguia respirar,
mas finalmente respirou
parece que ganhou forças arranjou forças ergueu-se
e estonteado, cambaleando, tonto,
sabendo-se arrependido
pediu clemencia a Deus e de repente andou direito, parecia outro
que pelos filhos tudo se faz
E o homem roxo,
meio moribundo, ressuscitou,
eu vi que ressuscitou.
Decerto foi o amor que o salvou
Sem comentários:
Enviar um comentário