Tenho dentro de mim um vazio que não vejo,
mas sinto,
um aperto na alma que me traz pesada,
me tira as vontades,
me deixa parada, inerte,
oca, vazia de tudo e sem nada.
Sei que algo
se passa comigo
me prende aqui neste canto,
não me deixa sair,
ir à vida
mas não me importo
e respeito
a vontade que me prende,
e fico à espera
parada
e inerte,
sem vontade de fazer nada,
vazia de forças
cheia de temores,
e aflita,
embrulhada em mantas
em pensamentos que me consomem
me desgastam
que cada dia que passa
me devoram devagar
Mas sem isso me importar,
fico estática,
deixo que esse mal estar me penetre
me consuma, me desgaste e mate
Afinal que me importa o tudo
que podia ter e não tenho,
que já tive ontem,
ou até antes,
não sei,
se as lembranças estão gastas,
se na rua está frio,
se lá fora,
no mundo que gira e não pára,
não tenho ninguém que me escute,
me acolha, me entenda,
me dê um abraço,
me empurre a andar para a frente?
Prefiro ficar neste meu estado latente...
dormente vazio e oco, quem sabe para sempre
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