Dei praticamente por concluído o livro que comecei em Fevereiro.
“Aqui vai o lenço”, só espera uma última revisão e depois vai ser avaliado por um professor da Universidade.
Veio-me hoje de manhã à ideia, que devia começar a escrever um outro livro, em vez de textos soltos, ou pequenas histórias que podem não levar a nada.
Se bem o pensei melhor o fiz. Nasceu em mim uma história que irá germinar e dará frutos, fiz algumas pesquisas e a base já existe. Espero que resulte.
Tinha que ser uma história de uma mulher e de um homem apaixonados, de uma família, de amores e desamores. Uma criança filha de uma família feliz, educada com carinho e bons princípios. Espanhola, de uma zona específica perto do mar, numa cidade bonita e histórica onde tinha muitos amigos, e nada lhe faltava.
Boa estudante tirou o seu curso de turismo e por vontade própria porque se apaixonou perdidamente, como dizia sempre á sua amiga predilecta, decidiu que queria casar e resolveu não trabalhar e ir viver com o marido para junto da família dele. Mas aí a sua vida veio a complicar-se.
Os pais vendedores de antiguidades queriam o melhor para a filha, e o melhor, era ela ser feliz. Entretanto o pai morre e para a mãe o melhor caminho para a filha, não era aquele casamento apressado.
Iria ficar muito afastada dela, a mãe acima de tudo não conseguia imaginá-la longe de si, sem trabalhar , sem ter os amigos, e para ela que trabalhara toda a vida achava um disparate o que a filha queria fazer.
Casar e ir enfiar-se em casa a tomar conta do marido e dos filhos, era um absurdo. E o curso que ela tirara, e a sua realização profissional?
A mãe não concordava com mulheres metidas em casa à espera dos maridos: dizia-lhe a vida que esses casamentos nunca davam certo, ou os maridos se cansavam, ou as esposas se aborreciam e se fartavam da vida que levavam, mas esses casamentos nunca davam em nada, e agora a filha ia casar e queria ir viver para casa da família do marido e não ia trabalhar.
Isto é, estava a dizer adeus á sua liberdade. A filha não tinha a dimensão do passo que ia dar.
Casou, tudo como quis, como sonhou. Mas a viagem de lua-de-mel teve um senão que não contou à mãe por várias razões, e ao regressar à casa que a esperava, esta era fria e distante, muito clássica e a primeira impressão que teve arrepiou-a.
Não tinha nada a ver com a aquela casa sonharenga e aconhedora. Estava desiludida.
Teve 2 filhos e tentou ser feliz, apesar de ter descoberto no marido procedimentos que a magoavam. Um dia acaba por se revoltar e acabar com aquela relação que conclui ser mais uma doença que lentamente a destroi. O amor que sente pelo marido é grande, mas as suas atitudes de autoridade e violência sobre ela acabam por detiorar a relação dos dois que finaliza quando ela descobre que ele tem outra mulher.
Também ela um dia volta a ter um novo amor. Um amigo que já era seu confidente hà muito tempo, que desde muito cedo o marido lhe apresentara. Aquele com quem tinha longas conversas, e que lhe pintou o retrato com os filhos, e de quem o marido tinha demasiados ciumes.
Com este novo amor, vem verdadeiramente a ser feliz, a trabalhar na loja de antiguidades que era da sua mãe, que entretanto falecera, a realizar-se como mulher a todos os niveis.
Este seria o conceito da casa onde iria trabalhar:
Café/ leitura/ conversa/ antiguidades/exposição de antiguidades/galeria/música/
Conceitos que gradualmente iam crescendo na sua cabeça.
Agora era feliz, tinha uma casa que era sua, um homem que a comprendia e estimava verdadeiramente e ambos se completavam. Os de ambos filhos eram felizes, e eram como se fossem irmãos. Trabalhava e sentia-se realizada como nunca. Sentia-se livre e feliz na cidade onde nascera.
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