Sei que um dia quando chegar a hora,
a minha,
vou morrer e ficar nesta terra
que não gosto,
não é minha,
não é minha,
que nunca tive como certa,
onde desconheço tudo e todos
as ruas e vielas,
os jardins,
as paredes das casas
as paredes das casas
as pessoas que moram dentro delas
e que por mim passam na rua
me dizem adeus com um aceno
ou palavras definidas sempre iguais,
mas que não gosto,
não me dizem mais do que são
palavras repetidas sem sentido
ocas e vazias de sentimento e vida
Pessoas que desconheço por dentro
mas que não gosto,
não me dizem mais do que são
palavras repetidas sem sentido
ocas e vazias de sentimento e vida
Pessoas que desconheço por dentro
me mostram um sorriso que lamento
pois sei que é de ocasião
não é sincero,
e queria fugir daqui
abalar para outro sítio,
mas não sei para onde
por isso fico,
fico sempre
sabendo que quando chegar a hora,
a minha,
irei para onde todos vão
nesta terra que não gosto,
onde ninguém me conhece,
mas me invejam
mas me invejam
onde ninguém me aceita,
ou me quer bem,
onde não conheço ninguém,
onde morro devagar
mas depressa me afundo
e nela desapareço
mas depressa me afundo
e nela desapareço
fotos do Google
2 comentários:
Ai!!!Espero que não estejas a falar da Granja. A Granja já é a tua terra, então?
A minha terra é o mundo onde vivo, me movimento e todos os dias tento sobreviver!
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