quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Lágrimas


Não sei porque choram ainda os meus olhos
porque não se libertam de vez
desta angustia que os molha e  me avassala
e inteira me consome o corpo e a  alma
se tudo se perdeu, 
se tudo em que careditava acabou
e entre nós nada mais existe ou é verdade
se de mim  tu nada mais mereces
porque tudo o que me fazia sorrir antes
destruiste e me roubaste,
fizeste questão de deitar fora
de espezinhar como se fosse lixo

Mal acordo molham-se os meus olhos
de uma tristeza imensa
a mesma que me arrepia a alma
me diz que não vivo um sonho
mas tudo é realidade mesmo sem a entender 
sem ter sentido

E de repente penetra em mim
uma mágoa intensa,
uma dor e pena azedas
as mesmas que me habitam todos os dias
desde que me falaste mal
me disseste que não me querias
que estavas cansado 
e depois viraste as costas 
partiste, deixando-me lastimosa e sem jeito
desistindo dos sonhos que criamos
da vida que imaginei nossa
para todo o sempre e naquela hora esmagaste

E eles ficam semeados do pranto que me habita
e não me larga,
não me dá descanso
me dá pesadelos, me arrepia e mata
que sei não irá embora de repente
porque me penetrou
e veio viver assim comigo
num estar sofrido permanente
acabando com o meu sono
o que antes me devorava
e eu gostava tanto



Queria acordar e gritar bem alto
que vivo uma mentira
que acredito que o que sinto não existe
que vivo um pesadelo,
uma tortura que é falsa
mas não posso 
porque a verdade é esta 

Depois que fechaste a porta e partiste
não tive mais sono nem descanso
e os meus olhos magoados ainda não secaram

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