segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Despi-me de tudo...



Parece que me despi de tudo,
do tempo, da vontade de ser
das coisas que antes me coloriam a vida
me faziam sorrir 
de correr atrás da lua
de sonhar com os impossíveis
que me faziam pensar que um dia 
tudo seria ainda como ontem.

Mas acordei, 
e parada encostada a nada
só vi um vazio, 
e no meio da rua nua onde estava, 
senti frio.

O tempo voou 
e levou consigo os nossos sonhos,
os meus e os teus, 
e com eles o desejo de sermos num instante
o que esperámos num outro tempo
ser juntos eternamente.

Afinal nada existe 
e tudo é sempre pouco, 
ou será que estou cega de medo
e não quero perceber o que sinto? 


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