Os meus olhos infelizes
choram de tristeza e mágoa,
feridos de cansaço e pena,
de desespero e de dor,
de fraqueza,
de angustia e de um enorme temor.
Choram muito e estão tristes,
mas tanto,
que nem sei medir as causas
os motivos, as razões,
só sei que choram magoados,
feridos e estão cansados
mas não param esse pranto.
mas não param esse pranto.
Não deixam de verter água gélida
que me corta a alma aflita
me fere no corpo,
me transforma num ser humano
incompleto
incompleto
impotente e inútil
me apaga os sentidos todos,
me deixa a morrer, a morrer aos poucos.
porque o meu coração triste
rebenta de muita dor
infeliz e incapaz
por não conseguir sozinho
sofrer
e resolver a dor
que atormenta os seus olhos,
os olhos da minha flor.
que atormenta os seus olhos,
os olhos da minha flor.
Uns olhos que me conhecem,
e que eu conheço também,
olhos que vejo tristes,
magoados
e que choram como os meus
e que choram como os meus
mais tristes ainda,
infelizes,
sozinhos,
infelizes,
sozinhos,
olhos por que dava tudo
para não ver chora assim,
para não ver chora assim,
nem por ela, nem por mim,
nem por ele,
nem no mundo por ninguém
um segundo sequer que fosse.
não importa,
que chorem sempre,
mas seca os dela de vez,
por favor Senhor!
por favor Senhor!
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