segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O nosso amor NAQUELE DIA





Um dia de sol, 
uma noite de luz de um brilho negro, 
cinzento, 
já não lembro certo, 
mas obscurecido dentro do meu peito. 

Bem no fundo, 
baço, gasto, cansado, 
sofrido, meio triste, 
enegrecido,
não sei ou sei bem porquê,
mas pouco importa
com um místico de tudo
do encanto dos sonhos passados, 
da magia dos amigos,
repleto de quimeras, 
ilusões esquecidas mas relembradas,  
fantástico pela magia.
Concreto nos actos ali feitos,
sei que divino, sentido por todos
por todos querido.

Um final de dia intenso 
nos desejos reais por todos vivido, 
desejos bem definidos,
idiossincrasias puras, diversas na cor,
na luz, no encanto, 
mas todas perfeitas,
no enlevo e empenho com que estavam presentes. 

No abraço continuo
que parecia perpétuo, completo
não sei, se linear, curvilíneo
curto ou comprido,
mas de um querer absoluto, 
um estar ali entregue ao sonho, 
preso por um raio de luz
que inundava todos, 
que a mim me trespassou e fez esquecer a dor 
e o pranto por completo.
Entregue ao deleite da magia pura
que me inundou o peito
de pensar que o amor e a amizade em que acredito 
existem ainda e para sempre puros, 
sinceros e honestos como sempre os imaginei
mesmo surgindo leves, discretos
estiveram ali sempre reais e perfeitos.

Um dia querido, 
desejado ou não, 
mas claro e verdadeiro,
pela amizade, pelo carinho,
pela dádiva da presença de todos, 
pelo riso, 
pela alegria nos rostos presentes,
todos bonitos, tranquilos
relembrando recordações do passado
e talvez por isso
afinal de contas,
apenas um dia diferente
amarelo vivo,
forte,
intensamente vivido
com mil segredos escondidos 
por detrás das pétalas frescas
seguras, hirtas, 
intensas na cor e bem definidas
dos girassóis amarelos que te dei e me deste
flores que trocámos,  
ali juntas e para toda a vida unidas,
que a mente não esquece nada 
ainda que abrande e um dia se acabe.

Por cada girassol que dei aos amigos 
que viveram e vivem comigo a alegria 
a dor, a tristeza 
que existem sempre a meu lado, 
que choram, sorriem e  sofrem comigo,
ontem, como hoje, amanhã  
mas sempre comigo unidos e firmes,
como as pétalas amarelas, 
brilhantes, formosas 
que rodeia o castanho sofrido negro na cor, 
baço no brilho
cingido da corola apertada do girassol, 
dos que me deste, do que te dei 
a ti e aos amigos 
do girassol amarelo que eu tanto amo  
e que ao recordar hoje me faz sofrer 
pela lembrança dos teus olhos tristes
da tua alma aflita, 
girassol que eu abraço 
com o mesmo enlaço que te abraço a ti 
que és minha filha querida, 
a minha vida, o meu fascínio de cada dia ,
o meu encanto a minha ternura,
que quero ver alegre sempre, 
girassol amarelo, 
minha "lua" perfeita. 

Fotos do Google


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