Que bom seria se eu pudesse ver filmes todos os dias,
comer todos os gelados que mais gosto,
trincar, saborear chocolate preto com vinho do porto do melhor,
mesmo que isso me fartasse me enjoasse
e engordasse quase até à morte.
Comer queijo do que gosto com chouriço,
beber vinho tinto do mais aromatizado e doce,
comer pasteis de massa tenra e de nata,
pasteis de bacalhau, bolas de berlim a qualquer hora,
fazer enfim tudo o que toda a gente gosta,
muitos fazem e eu aprovo,
porque também gosto, mas não faço.
Beber vinho branco, champanhe caro,
sumos frescos adoçados ao meu gosto,
comer sempre bolo de anos, fruta tropical deliciosa,
a que mais aprecio a qualquer instante.
Que bom seria se eu dançasse sem parar
até de madrugada e sem cansaço,
conseguisse pular, saltar,
mexer-me como outrora sem limites,
e depois bem tarde,
pela noite adentro ao romper da madrugada,
sentir que me desejas,
me amas ainda como se fossemos jovens puros e inocentes como antes,
prontos para fazer o que nunca chegamos a fazer,
por não saber,
ou apenas por pensar que ainda tínhamos muito tempo para aprender.
Ouvir-te sussurrar palavras doces ao meu ouvido atento,
sentir-te ardente de desejo por me possuir,
estar tomada nos teus braços meigos, fortes e amorosos,
deixando-me seduzir num tal deleite
que mesmo que quisesse não conseguisse nunca deles apartar-me e fugir.
Mas mesmo podendo,
nunca vejo filme algum,
não bebo vinho do porto, nem como chocolate preto como gostaria,
porque me tira sono e faz muita alergia.
Não danço como queria e gostaria,
tal como não como pasteis de nata nenhum dia.
E por mais que o deseje não te sinto meigo e doce,
como se fosses um pastel de nata ou uma bola de berlim,
e eu o vinho do porto do melhor,
o meu desejo de me dar a ti e te sentir em mim
como se fosse um sonho a nossa vida.
Fotos do Google
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