sábado, 15 de setembro de 2012

AQUELE AMOR...


Não consigo entender aquele amor
nem sei dizer se ainda existe.

Amar é confiar, partilhar o bom e o mau,
sorrir com ele na alegria,
sofrer e chorar juntos na dor e na desgraça.
É dar sem receber,
não esperar para ver o troco,
não pedinchar, nem mendigar,
mas aceitar o que se tem por troca,
que essa é sempre bonita e a melhor parte.

Amar é aceitar as fragilidades,
as carências do nosso amor,
e ele as nossas,
a sua abundância e destreza,
todas as virtudes e defeitos,
ajudar a alinhar o que está incerto,
apoiar nas quedas, 
nos tropeções da vida,
nos caminhos mais difíceis
com um braço e abraço amigo e forte,
um olhar e um sorriso querido e sempre atento,
sorrir e ser feliz com ele até nas incertezas.
É ter a  certeza que ser quer aquele amor e só aquele,
tanto na saúde como na dor,
na presença ou na distancia,
na fartura ou abundância, 
mas também na perda e na desgraça 
que se quer aquele e não outro...



Amar é ter a garantia que nunca se está só
mesmo estando ausente,
que a alma sente
o calor desse amor que de longe nos acalenta a aquece a solidão.

Amar é ter na alma o sentimento de que se está seguro
que tudo pode ser,
existir ou acontecer.
É tudo aceitar, compreender
e nada  recear.
É não ter medo de ganhar ou de perder,
que o que é nosso,
é nosso para sempre, 
por inteiro e completo.

É acreditar que se  preenche com a nossa vida,
e o nosso amor inteiro, sincero e puro,
o outro que nos pertence,
sem sermos o seu dono nem ele o nosso,
pois ninguém é de ninguém,
mas no amor os corpos e as almas unem-se,
formando um ser único distinto e verdadeiro
e partilham como seres eternos
a vida que na terra é curta,
mas que o amor sincero e puro
transforma em eterno
durando muito e sempre 
para além da morte.



Por isto 
não sei 
se aquele amor 
que parecia forte e intenso
ainda existe
se é puro e verdadeiro...



Inês Maomé

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