Sempre a
mesma cor, o mesmo tom, o som magoado da tua voz
a ecoar nos
meus ouvidos escondidos da vida
Esse teu
sofrer, mata-me aos poucos,
magoa-me e fico neste impasse,
magoa-me e fico neste impasse,
neste sufoco
dolente e louco,
sem um ai nem um lamento.
sem um ai nem um lamento.
E faço de
conta que suporto.
Tudo mentira, pois não domino, fico perdida
Tudo mentira, pois não domino, fico perdida
Tudo ouço. E
tudo sinto.
E tudo sei ser verdade. Mas nada posso.
E tudo sei ser verdade. Mas nada posso.
Não poder dizer-te
o que sinto,
nada ter para te consolar e dar alento
nada ter para te consolar e dar alento
porque te sei ferido,
tal como um a ave a quem arrancaram um asa
tal como um a ave a quem arrancaram um asa
que quer voar ainda, e muito, até ao infinito,
mas não
consegue assim destruída e ferida, ´
é como te vejo
é como te vejo
e isso
dó-me, destrói-me
e por dentro sinto-me acabar aos poucos
e por dentro sinto-me acabar aos poucos
Queria
ver-te como antigamente.
Sentir-te com força e coragem, mas isso não acontece.
Preciso tanto de ti. Estou fraca e só e tão carente.
Sentir-te com força e coragem, mas isso não acontece.
Preciso tanto de ti. Estou fraca e só e tão carente.
Olha para
mim, só um pouco, e vê bem como me sinto,
como estou
só, vazia, sem nada por fora, vazia por dentro,
não vês, não reparas em mim'
não vês, não reparas em mim'
Estou nua de ti, dos teus abraços,
dos carinhos quentes,
de palavras cálidas e sentidas,
que poderiam, quem sabe,
dar-me tudo o que me falta agora e para sempre.
dos carinhos quentes,
de palavras cálidas e sentidas,
que poderiam, quem sabe,
dar-me tudo o que me falta agora e para sempre.
É tanto o
que preciso.
Mas tu não
podes, não tens mais para me dar.
Não te
apetece, não faz sentido.
Estás, como
eu, ou mais ainda, pobre e perdido,
suspenso
nesta vida, à deriva, num mar incógnito,
sem teres
porto onde atracar,
sem conheceres um abrigo,
sem conheceres um abrigo,
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