E o tempo que passa, não passa sem deixar marca, corroi-nos por dentro, vinca-nos no rosto o cansaço da vida que avança.... é a lei da vida, mas eles esquecem, que um dia serão assim...para bem deles!
E o tempo mostra a todos que estamos diferentes, usados, cansados, gordos, pesados, feios, sem graça, e aquela gente passa de lado e nem olha, como se uma cortina densa, uma névoa enorme pesada e baça, encobrisse o nosso lado !
A sala cheia de gente nova, bonita, gente que se agita em frenético movimento, e nós ali parados, estáticos, mudos e quietos, à espera que o tempo passe, e que alguém dessa gente, por um favor se lembre de nós.
Olhando o vazio, na sala cheia de gente, fugimos com o olhar, porque não se ousa que pensem que se sente, que no meio de tanta gente alguem imagine por um segundo estamos mal, que procuramos apoio, ou nos sentimos sós. Se a pior solidão é a que se sente no meio da multidão, nós estamos ali mortos mas de pé.
E o pior de tudo é que isto doi, e mata, e desgasta, e cansa a mente, e envelhece ainda mais, muito mais, faz sofrer e faz chorar a alma da gente.
E nós que somos fracos não resistimos, porque aqueles amigos e os desconhecidos não se lembram de nós, porque os nossos rostos marcados pelos vincos da vida são feios, nos isolam daquele mundo que pensa
que vai ficar belo e forte e ileso para sempre ...Coitados que pena !
Nós prometemos não voltar mais a esses lugares onde essa gente usa talas e só olha em frente...
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