Ele que sempre está aqui, ali, além,
em muitos locais no mundo onde passei e o vi,
e sei, ele conhece e domina como ninguém,
e sei, ele conhece e domina como ninguém,
locais que
tem como seus e certos,
praias,
areais imensos, encostas escarpadas,
rochedos diversos, terras dele,
rochedos diversos, terras dele,
só seus, de que é dono e mestre
desde o inicio do mundo, desde sempre
desde o inicio do mundo, desde sempre
eu que o vi sempre assim forte e valente,
a mim que deu sempre saudades ao deixá-lo,
deixando-me na mente
a sua força gigante e diferente,
sei que desta vez, ao partir deste lugar,
quando o olhar,
vou chorar,
tal como fiz da primeira vez,
quando os dois, juntos, de mãos dadas,
partimos para começar uma vida nova,
a nossa vida.
a mim que deu sempre saudades ao deixá-lo,
deixando-me na mente
a sua força gigante e diferente,
sei que desta vez, ao partir deste lugar,
quando o olhar,
vou chorar,
tal como fiz da primeira vez,
quando os dois, juntos, de mãos dadas,
partimos para começar uma vida nova,
a nossa vida.
Ao
contrário das outras vezes,
que o adeus sempre me doía, mas era doce,
eu
sabia, sempre, que voltaria
algures a visitá-lo num ou outro lugar, incerto,
mas mais renovada
mas mais renovada
Agora
quando me despedir,
vai-me pesar muito, custar mais que sempre
porque o tempo passou, e sendo ele o mesmo
nós de mãos dadas, hoje já engelhadas,
estamos mais velhos, diferentes.
porque o tempo passou, e sendo ele o mesmo
nós de mãos dadas, hoje já engelhadas,
estamos mais velhos, diferentes.
Não
sou como ele, guerreira,
com mais de mil anos, esforçada e valente.
Quando
eu nasci, ele já cá estava,
a força que tinha era a de hoje,
a força que tinha era a de hoje,
e no dia em que eu partir de vez,
ficará isento, sem pena de mim.
Afinal não me conhece, como eu a
ele o julgo conhecer.
Não
sentirá nada, nem pena, nem falta, nem a ausência
É forte, constante e valente, continuará o seu bater certo,
resoluto
e vibrante, e eu, com ele preso no olhar
tê-lo-ei como sendo a maior força da natureza.
tê-lo-ei como sendo a maior força da natureza.
Tentei
fazer como ele
Lutei
com força até ao limite
Mas
desisti, verifiquei que sou fraca e desisti de uma briga ingrata
Perdi no meu amor,
a força que me dava a minha valentia
A
vida, levou-lhe muito do que tinha
coisas que lhe davam e a mim, alegria e alento.
coisas que lhe davam e a mim, alegria e alento.
O que eu temia.
Eu
olhei, agora olho-o sempre,
parecendo alheia eu olho-o sempre atenta,
parecendo alheia eu olho-o sempre atenta,
mas sem saber como, não consigo animá-lo
Esforcei-me,
lutei mais que o mar se bate
contra as rochas das encostas milenárias,
juro que o fiz,
contra as rochas das encostas milenárias,
juro que o fiz,
mas
foi tudo em vão.
A
luta de ambos, a minha vontade,
o meu querer e ser capaz de
fazer o impossível,
voaram para sempre,
para
algures, onde nem o tempo sabe onde estão.
Desisti.
Desistimos.
É
a vida!
E o mar no seu movimento imutável, continua no seu batalhar,
não parando de enrolar e desenrolar a cada
instante
Estou
limitada.
O meu amor está triste e não tenho como o alegrar
E
como não sou forte e valente, persistente e constante como o mar
Vou
quedar e deixar de insistir.
E como o lamento. Lamento tanto!
Sou um simples copo de água,
meio
bebido, meio vazio, água morna, ali esquecida,
que
até pode matar a sede,
mas só numa última agonia de secura e vida,
se a sede que se anuncia é extrema
e
promete desidratar o pobre caminhante.
É
a vida!
Somos nós. É o mar que está ali,
que está aqui, forte e possante,
o mar a quem vou dizer adeus, até um dia,
eu, um ser frágil, pobre e mutante
eu, um ser frágil, pobre e mutante
Desta
vez parto com maior pena,
pela mágoa de não o levar preso comigo ( ao meu amor)
mesmo
que fosse só seguro por raio fino de um fio invisível
mas
que eu sentisse forte e vivo dentro de mim.
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