Não gosto de te dizer não, nem que mo digas assim:
verdadeiro sincero e nu
verdadeiro sincero e nu
Não quero a solidão, o vazio da tua ausência,
o silêncio do teu corpo, o frio dos lençóis no leito
o silêncio do teu corpo, o frio dos lençóis no leito
Não me digas não, meu amor, que a verdade arrasa e mata,
atordoa-me por inteiro
atordoa-me por inteiro
Não, meu amor, mesmo não sendo verdade,
mente e por favor, diz-me que sim
mente e por favor, diz-me que sim
Não digas não, não me rejeites agora,
mesmo que jamais queiras
o meu corpo entregue a ti
Não faças isso, que o teu não:
dói-me na alma, golpeia-me de
mágoa e pranto
Não me mates dessa forma,
não destruas o ensejo de te amar
mais uma vez
Não o faças e diz-me sim!
Diz amor, diz-me que sim mesmo que
mintas, e eu acreditarei em ti
Não, é uma palavra feia, dura,
que mata, magoa, inferniza
quem idolatra
Não, é uma sentença vil, cruel, inglória, que não posso
ouvir de ti
Não me digas não!
Meu amor, por favor, diz-me, mesmo que o
abomines, mais uma vez “sim”
Não posso viver com sede de ti, do teu afeto,
do toque das
tuas mãos de veludo em mim
Não importa que eu esteja louca,
que rogue e mendigue, te
implore: não me envergonho
Não, não ligo a isso, a minha certeza é uma:
é a ti que
busco e quero! Por isso te rogo um sim
Não quero a mentira, não a dos outros,
mas vindo de ti anseio
tudo: mil mentiras e tu em mim
Não, é uma verdade que mata, e eu não quero morrer assim.
Mente só mais esta vez
Não quero este, aquele ou o outro,
é a ti que desejo, em ti
que anseio consumir-me num fogo
Não quero o sexo pelo sexo.
Quero-o com ardor, agoniar nele e
em ti com amor, morrer plena
Não te quero homem,
mas um mar onde me afunde, me deleite
num adeus profundo à vida
Não quero o beijo pelo beijo,
quero-o sôfrego, ávido de vida,
mesmo que seja o último
Não o abraço sem paixão e fervor,
mas a fusão do meu peito no
teu num mesmo coração
Não amor, não fujas de mim.
Não partas, mesmo que seja
verdade o teu não, diz-me sim
Não vás agora
e deixa que te mostre que já floriram em mim
as açucenas.
Não digas não e mesmo que mintas,
mente, diz-me sim,
2 comentários:
Gostei de visitar esta página!
Está simples e bonita porque as coisas são sempre muito mais belas, se simples!
Um beijinho ao casal simpático que conheci no Encontro de Escritores da Lusofonia!
Obrigada querida amiga. Quanta simpatia.
De facto o que escrevo é muito simples.
Sai-me da alma e as palavras
são mais simples que tudo. Descrevem a minha alma muitas vezes cinzenta.
Obrigada Conceição. Beijinhos
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