quarta-feira, 5 de junho de 2013

TU, meu Deus, TU, és Divino!





A rosa brinda, com o seu perfume doce, 

sobre a garra dos espinhos, quem a colhe.
O amanhecer aguarda, generoso, que a noite cesse, 
para se renovar em cada dia.
O simples grão de areia, banhado de sol, 
é notícia de alegria a falar-nos do chão.
Tu, meu Deus, tudo fizeste perfeito, és Divino! 
Eu Te enalteço e sei não Te mereço.

Mesmo que tudo pareça conspirar contra a felicidade que eu desejo,
Senhor faz com que eu e os Homens não desesperemos,
e guia-me, a mim e ao mundo, 
para o amor e paz que para todos almejo.
Que eu erga os olhos, 
para a face risonha da vida que me ofereces, e sorria.

No que faço e onde passo, 
com as Tuas mãos dadas nas minhas mãos,
nada temerei: guerras, doenças, maledicências, 
tudo vencerei e serei valente.
Sei que me darás força, serás o meu zelo. 
Faz-me, Senhor, crer no que não vejo.

Abençoa-me, e mesmo que as minhas lágrimas, 
e as do mundo, não sequem,
transforma-as em algo imaculado e puro. 
Gotas de orvalho. 
Chuva divina.
Talvez raios de luz, resplandecentes, 
raiam nos nossos rostos dando-nos vida.

Deus ilumina-me e guia-me cada dia. 
Tu, que tudo podes, queda-te em mim
e eu ficarei serena, liberta de incógnitas, 
serei tua serva, tua amante permanente.

Não que te duvide, mas porque a minha pequenez é rude e insensata,
e teimo em ser cega e descrente, 
faz-me crer, ter fé, que ÉS, 
Existes, e não sou louca.

Guarda a minha alma,

protege o meu corpo, 
o meu coração e a minha mente.
Ensina-me a não ceder ao demónio, à tentação. 

Dia e noite dá-me a Tua proteção.
Se o merecer, absolve-me e ao mundo. 
Eu, humilde pecadora, imploro-Te perdão.
Livra-me da servidão, da ignorância, da descrença, 

das trevas, da escuridão…

Tu sabes bem, Deus meu, 
como fujo às tentações, 
que as renego…mas sou fraca…
Ampara-me, como só Tu meu Deus sabes, 

e livra-me de todos os abismos,
do piáculo, da vanidade, 
e ao mundo: da ostentação maléfica das guerras.

INÊS MAOMÉ








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