reclamam, pedem, destroem-se e ao mundo onde vos
ofertei,
como se semeasse convosco um jardim encantado e florido,
que agora abatem e destroem
Mas a chuva e o sol que inunda as vossas almas
sou eu que vos dou,
e nos
dias alegres e nos mais aflitos,
as lágrimas por vós derramadas, sou sempre eu
que cuido e limpo.
Aí por baixo, onde também vivo, anda tudo louco.
Uns gritam: “tenho a
alma em sangue”,
outros dizem sombrios: “morro, tenho um nó no peito, um aperto na alma”
Um inglório chora e grita torturado,
porque lhe mataram na guerra o seu
único filho
Que desconsolo humano, quanto desassossego e desatino:
essa
dor, essa cor, essa agonia,
o olhar
desconcertante com que se torturam.
Pobres dos que me buscam e não me encontram e eu tão perto
Ouçam, sintam-me, façam silêncio e acreditem!
Tenham Fé e não se destruam uns aos outros e ao mundo!
Angustiam-me ao dizer que me amam, creem e acreditam,
pois sei que nem Me
imaginam,
EU que estou colado a vós, que somos um só,
dou-vos colo, carícias e
mimos
Sofro por vós, dou-vos de
tudo:
embalsamo junto o amor, a noite e o céu sem nuvens
Embriago-me convosco em
perfumes divinos,
faço-vos sentir o amor fantástico, supremo e voo convosco até
ao infinito.
Juntos, voltamos em abraços
mágicos, perpétuos e unos.
Mas vocês não me olham, não
me preveem, nem sentem:
alquebram, cedem e o mundo,
perdido, desregrado caminha em frente
Num fogo ardente, um delírio, que o destrói e à minh’ Alma, presa a vós, Eu clamo brandura.
Num fogo ardente, um delírio, que o destrói e à minh’ Alma, presa a vós, Eu clamo brandura.
Loucos a quem dei tudo e
tudo assolam e refutam,
negando a minha existência
Muitos gritam: “eu amo o
mundo! “.Outros dizem: “detesto o mundo!”
Alguns proferem: “creio em Deus!”
Tu dizes: “Ele é um absurdo, não existe”.
“Vou- me matar!”: dizem uns
e outros berram “Eu, quero viver!”
Num riso que lhes dei, que
bem lhes conheço, dizem:
“No mundo tudo posso, eu sou
deus, sou um guerreiro, sou um poeta!”
- “Vocês, são loucos varridos”, é o que Eu, que sou Deus, triste, vos digo!
- “Vocês, são loucos varridos”, é o que Eu, que sou Deus, triste, vos digo!
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