Somos um só, sendo dois
Há muito que estamos juntos
A vida uniu-nos e assim ficámos
Sofrendo, amando
Perdendo, ganhando
Tendo ou não tendo
Mas estando unidos, lado a lado
Como se fossemos um nó atado,
Esculpido em pedra, em ferro cinzelado
Quantos momentos de choro e amargura
Outros de riso e brandura
Quanta quietude no teu olhar
E no meu, o sobressalto constante
De algo que não vejo,
Mas pressinto
Me atormenta e assusta
Me diz constantemente que algo vai
acabar
Não somos iguais, nunca fomos
Mas juntos somos uma força coesa
A força que nos basta para caminhar
Eu, segura a ti por um raio de luz sem
fim
Tu, algures, preso no meu olhar
Segurando-te nele
E eu, depois que abalas
à espera que chegues
E me dês, cada dia força para
continuar
E é assim todos os dias
E todos os dias assim será
Desde que somos um
Porque o que sentimos
Não é amor, nem paixão
Não é um sentimento vão
Nada que se descreva
É um algo só nosso, único e singular
Intimo, que cresceu devagar
Um laço que nos une tão forte e coeso
Que nada, ninguém pode desatar
Nem Deus, nem a força do universo poderão
abalar
Estes, os que cada dia são o nosso bordão
Que conhecem a nossa vida
Que sabem do nosso ser e estar
Estes, são os primeiros a dar-nos as
mãos
A fazer de nós um poema doce
Uma história de vida diferente,
incomum
Uma canção ou balada de Verão.
Sem comentários:
Enviar um comentário