na mulher perfeita em que te
transformaste!
Não tenho palavras para te dizer todo o amor que te tenho.
Mesmo quando tomei contigo atitudes repressivas,
também foi
por amor que o fiz.
Que mãe seria eu se omitisse essas atitudes que decerto não
gostaste
quando usei, ao educar-te,
mesmo fazendo com que chorasses e eu
chorasse contigo?
Na educação dos filhos não há uma cartilha a seguir
Existe amar, amar tudo e mais ainda,
dar e ensinar o melhor
caminho.
Ser mãe, não é apenas dor no “parir”!
É dedicar-se, é compreender,
é dar liberdade com limitações,
É aceitar opiniões,
é compartilhar os momentos bons e
difíceis da vida,
é acolher.
É fazer sentir a existência de um lar,
não apenas uma casa.
É nunca desistir!
É privação! Sim, privação!
Mas uma privação ciente, solidária,
um crescimento constante,
um tirocínio de vida.
Caso reiniciasse tudo de novo,
faria tudo igual, ainda com
mais amor e prazer.
Filha minha, não imaginas como gostaria de ser para ti a melhor mãe,
a mais certa.
Mas na escola da vida não existe uma cartilha a seguir.
Por isso, peço-te perdão pelos meus erros
e agradeço a Deus
pelos meus acertos.
Ninguém consegue dar o que não tem e agora que parto,
sinto
já o vazio da distância
Um vazio que ficará preenchido
pelo amor que aprendemos a
dar-nos mutuamente
Afasto-me de ti pela primeira vez e sabendo que te dei tudo,
tudo o que tinha e o que não tinha, mesmo assim parto descontente,
queria ficar contigo
Mas porque me dei inteira a ti
ao partir levo-te comigo, prenda
minha.
Peço a Deus que me deixe voltar,
que o tempo voe, que passe
depressa.
Tenho ainda muito para te dizer, para partilhar e dar,
muito que
aprender contigo
Ser “mãe” é a minha
mais nobre tarefa,
e não vou nunca desistir de ti,
nem dela,
Ouve: apesar do que me obriga a partir,
ser mãe é a principal
missão da minha vida!
Inês Maomé
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