quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ser mãe...ao partir!



Como sinto orgulho de ti, 
na mulher perfeita em que te transformaste!
Não tenho palavras para te dizer todo o amor que te tenho.
Mesmo quando tomei contigo atitudes repressivas, 
também foi por amor que o fiz.
Que mãe seria eu se omitisse essas atitudes que decerto não gostaste
quando usei, ao educar-te, 
mesmo fazendo com que chorasses e eu chorasse contigo?
Na educação dos filhos não há uma cartilha a seguir
Existe amar, amar tudo e mais ainda, 
dar e ensinar o melhor caminho. 
Ser mãe, não é apenas dor no “parir”!
É dedicar-se, é compreender, 
é dar liberdade com limitações,
É aceitar opiniões, 
é compartilhar os momentos bons e difíceis da vida, 
é acolher.
É fazer sentir a existência de um lar, 
não apenas uma casa.
É nunca desistir! 
É privação! Sim, privação!
Mas uma privação ciente, solidária, 
um crescimento constante, um tirocínio de vida.
Caso reiniciasse tudo de novo, 
faria tudo igual, ainda com mais amor e prazer. 
Filha minha, não imaginas como gostaria de ser para ti a melhor mãe, 
a mais certa.
Mas na escola da vida não existe uma cartilha a seguir.
Por isso, peço-te perdão pelos meus erros 
e agradeço a Deus pelos meus acertos.
Ninguém consegue dar o que não tem e agora que parto, 
sinto já o vazio da distância
Um vazio que ficará preenchido 
pelo amor que aprendemos a dar-nos mutuamente
Afasto-me de ti pela primeira vez e sabendo que te dei tudo,
tudo o que tinha e o que não tinha, mesmo assim parto descontente,
queria ficar contigo
Mas porque me dei inteira a ti 
ao partir levo-te comigo, prenda minha.
Peço a Deus que me deixe voltar, 
que o tempo voe, que passe depressa.
Tenho ainda muito para te dizer, para partilhar e dar, 
muito que aprender contigo
 Ser “mãe” é a minha mais nobre tarefa, 
e não vou nunca desistir de ti, 
nem dela,
Ouve: apesar do que me obriga a partir, 
ser mãe é a principal missão da minha vida!

Inês Maomé






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