Se não pudermos ter tudo, vale mais ter o nada.
Eu prefiro o nada,
se não for meu o direito ter tudo como
desejava!
Ficar com as mãos e o peito meio vazio meio cheio,
é
sofrer e viver desconsolado.
É ser-se insípido,
viver-se estático,
é não ter norte nem sul,
sentido nem direcção,
sentido nem direcção,
é ser-se um desterrado.
É estar bloqueado,
imaginar-se num sonho bom,
e num repente, parado a meio,
acordar e ver-se paralisado,
tolhido, com dor, meio de amor, sem pontes…
É no meio de um ato de amor,
o mais sublime de sempre,
o
mais puro e inteiro,
parar e morrer a meio
do desejo mais ardente
de uma eternidade inteira.
de uma eternidade inteira.
Ou tudo ou nada!
Meios termos, não os quero, não me fazem bem
Nem a mim, nem a ninguém.
Eu não quero pontes.
Porque: ou se é ou não se é,
e eu quero ser inteira, plena e
completa
Ser gente que ama tudo,
deseja e abraça a dor e o amor,
a alegria e o resto
que perfaz o mundo sempre, por completo.
Se não tenho tudo, prefiro morrer pelo nada.
Meios-termos: não!
Prefiro existir e morrer nua, vazia e só,
e não passar os dias a fazer de conta que tenho o que nunca tive
e jamais vou ter na vida,
na minha vida repleta de pouco,
vazio, solidão e amor incompletos
na minha vida repleta de pouco,
vazio, solidão e amor incompletos
Vida imperfeita, porca de vida que não gosto,
mas suporto,
que faço sempre de conta ter vivido da melhor forma....
Mentira!
Porque para mim: ou tudo ou nada.
Fiquei-me sempre pelo meio...sou inacabada...
INÊS MAOMÉ
mas suporto,
que faço sempre de conta ter vivido da melhor forma....
Mentira!
Porque para mim: ou tudo ou nada.
Fiquei-me sempre pelo meio...sou inacabada...
INÊS MAOMÉ
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