sexta-feira, 1 de março de 2013

A minha POESIA de" AMOR"



Olho-me inteira e não acredito, 
não valho nada, 
não faço nada
isto eu sei.
Depois junto palavras que escritas dizem o que me vai cá dentro
só isso, 
e isto é pouco é nada, eu sei
e lamento.
Falo do tempo, falo do amor, 
digo e repito para mim  e para toda a gente,
 que sou carente,
que tenho fome de tudo 
e de amor
e de amigos 
e de gente 
de toda a gente que seja boa, em meu redor
digo que não tenho força 
nem calor,  nem alento
nem coragem 
para andar para a frente



Miro pela janela o verde do meu jardim 
o Sol que brilha lá fora e o aquece a ele 
muito mais do que a mim
e olhando de novo para por mim adentro 
deprecio-me, 
envergonho-me
Devo estar louca, afinal quem sou eu
uma mulher miserável, que pensa na morte,
que não faz nada
que escreve mal e pouco, 
só isso e isto é nada e não existe.
Não sou poetisa, 
não escritora,
sou só e apenas uma reles escrevente



Então como foi tal coisa acontecer?
Nunca pensei que as minhas palavras pudessem ter algum valor
palavras velhas, repetidas
 gastas e vazias, 
ocas de tanto as usar escrevendo o mesmo 
reclamando sempre o que não tenho 
o tudo que queria ter,
me fugiu sem eu dar conta 

Nem sei como dizer,
como acreditar no que sinto.
Será que devo acreditar, agradecer? 
Será que do meio de tanta gente 
que escreve bem melhor que eu
tenho a certeza, 
me coube a honra daquele lugar, 
daquela nota, 
porque escrevi alguma coisa?
Que responsabilidade a minha, 
ou não?



Afinal só tenho que continuar a escrever com as palavras que sei 
o que a minha alma me dita 
a dizer ao papel o que o meu coração sente,
e fazê-lo sempre
tal como lá fora o SOL sempre que nasce
continua a aquecer a relva, 
que a geada quando vem, 
a queima 
que a chuva em demasia, 
a alaga e estraga, 
mas que por obra do destino 
e  engenho humano sempre acaba por voltar 
a renascer, a crescer,
a ser verde e fresca para eu ver
porque o Sol nunca se vai, 
só se esconde de cansado,
mas volta sempre a aquecê-la todos os anos.

Assim farei, continuarei a escrever, 
a aquecer a minha alma
o meu querer!



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