quinta-feira, 28 de março de 2013

TU ÉS O MEU ...TUDO :)


Tu és o meu mar, o meu sol, o meu anjo, o meu fogo sem calor, labareda estática, o meu tudo e nada, a minha mágoa e lamento, o meu sorriso, a chama que me consome o interior com fervor e não me apaga, és a minha força e libertação, a minha vida e alegria e nela a pena de não te ter tido como te desejei sempre.

A agitação dos meus sentidos, por te querer tanto, mata-me. 


O ímpeto voraz e ígneo da força deste amor que sinto inexplicável é inapagável, sofrido e duro. Tu és o trovão que fendeu em mim a rocha e aí ficaste.

Um dia perdi-me na tua boca e não mais esqueci aquele banco onde toda me beijaste, me juraste amor eterno e eu te disse que seria tua até à morte. 


Prendi-me naqueles abraços, nos teus beijos lambuzados e doces e aqui estou contigo desde então. Jurei-te amor fiel e apesar de não ter abraçado o almejado, fiquei. 


Tu a quem eu dei e cedi inteiros a minha alma, o meu corpo alvo e puro, a quem sempre quis mais que a mim, ao mundo e à vida, quero-te sempre tudo no amor, no desprazer, na dor e no lamento. 

Tu a quem cedi a minha alma faminta de desejo, sede e fome de ternura, por quem fui mal-amada (tu sabes, disse-to muitas vezes), hoje, ainda mais que antes e para sempre, quero-te com a mesma loucura.


Sobre os lençóis brancos da nossa cama ondulaste mil vezes arando com o teu o meu corpo insaciado e ávido, depondo nele os teus desejos que eu colhia dando-te o melhor de mim: o mais sincero e fiel amor.


Calada, presa nos teus abraços, sorri, chorei e vivi sabendo-os pouco. 


De ti, recebi no ventre as sementes que nos deram os frutos que queríamos: outras vidas, o futuro, a nossa vida a continuar o nosso mundo.


O que me deste eu amei, mas chorei a dor, pois louca de amor senti muitas vezes o nada. 


Rasguei de mim a minha carne e dei-ta viva e o meu sangue alimentou cada desejo teu e fui tua sempre que me buscaste. 


Eu em ti, do desejo que sonhei, pouco busquei além da força. Eras então já o meu pilar. 

E presa a ti fiquei.
Fui-te fiel. Mas tu tocaste-me tão de leve a pele, mas tanto, que mal retive nela a macieza da ternura desse toque e nos meus sentidos persiste ainda a vontade carpida e louca do meu maior querer: o ter-te em mim inteiro e rasgado de pudor, penetrando-me pleno e completo, como se fosse ali, em nós, acabar o mundo.
Afagando o meu corpo como se fosses anjo, lambendo-me cada recanto meu e eu subjugada, perdida de loucura, sentir-te todo em mim e eu em ti, não como se fosse um sonho mas um fogo ardente, vivo, que me matasse e eu, contigo, viva respirasse. 

Isso, tu, meu amor, meu tudo, isso, tu nunca me deste.



Inês Maomé





Fotos do Google


Sem comentários: