A furiosa vassoura do delírio arrancou-os de si mesmos:
estavam exaustos, fartos no seu limite.
Sacudiu-os para as ruas profundas das vilas e cidades
Sacudiu-os para as ruas profundas das vilas e cidades
gritando ao mundo as suas faltas e mágoas.
“Temos que aniquilar os corruptos, calar os políticos loucos,
“Temos que aniquilar os corruptos, calar os políticos loucos,
largar a pesada coragem e ir à luta.
Abaixo os poderosos abastados, sem alma,
Abaixo os poderosos abastados, sem alma,
de fatos cinzentos vincados, que tudo tem e nada dão.
Estamos dispostos a ajudar à queda final dos políticos corruptos,
Estamos dispostos a ajudar à queda final dos políticos corruptos,
dei um grito,
escutei de súbito os apelos,
o brado agoniado dos meus famigerados compatriotas que,
o brado agoniado dos meus famigerados compatriotas que,
com paixão, pediam:
pão, saúde, trabalho, proteção.
O poeta precisa cantar o amor à dor do vencer,
O poeta precisa cantar o amor à dor do vencer,
ao perigo, à coragem, audácia e indignação.
Precisa exaltar a vigília delirante,
Precisa exaltar a vigília delirante,
a corrida à cadência atenta do pulo fatal para a reconstrução.
Precisa cantar que o país é próspero,
Precisa cantar que o país é próspero,
ganhou algo novo: vencerá a crise com amor e paixão.
Vamos correr, tocar o topo,
Vamos correr, tocar o topo,
que a melhor e mais bela luta,
a campeã, é sempre uma obra-prima.
Nada de olhar para trás que,
Nada de olhar para trás que,
se queremos arrombar as portas do impossível,
o ontem já morreu.
Hoje vivemos em absoluto a eterna celeridade ubíqua
Hoje vivemos em absoluto a eterna celeridade ubíqua
de tudo poder querer e com garra vencer.
Exultemos multidões agitadas que clamam trabalho,
Exultemos multidões agitadas que clamam trabalho,
saúde, casa e que, com inteligência, os terão.
Vamos falar-lhes da força do amor na reconstrução.
Vamos falar-lhes da força do amor na reconstrução.
Poetas lancem ao mundo este aviso:
“O Manifesto ANTICRISE”nasceu, aqui e agora,
“O Manifesto ANTICRISE”nasceu, aqui e agora,
empunhemos todas as armas que temos à mão.
Este país tem que se libertar do cancro que o afeta.
Este país tem que se libertar do cancro que o afeta.
Nada de olhar o passado, isso a nada leva.
Daí sairemos vazios, sem aprender mais,
Daí sairemos vazios, sem aprender mais,
danados, fatalmente diminuídos e mais pisados.
Vamos construir um mundo inovado.
Vamos construir um mundo inovado.
A anticrise pede creditação, eu acredito e TU, não?
Olha a gaivota a voar.
Olha a gaivota a voar.
SIM, sai do sofá de onde gritas,
vê que o amor existe e ajuda nesta luta.
E o resto: a amizade, a união do povo, o respeito por ti, por nós, pelo Mundo, juntos facilitam.
Sim, “POVO”, que eu sou também, abre os olhos:
E o resto: a amizade, a união do povo, o respeito por ti, por nós, pelo Mundo, juntos facilitam.
Sim, “POVO”, que eu sou também, abre os olhos:
não somos, não estamos no terceiro mundo.
Não queiramos isso de novo.
Não queiramos isso de novo.
Voltar para trás não, ouviram?
Vamos à luta inteligente: desistir não!
Abaixo a crise, morra viva,
Abaixo a crise, morra viva,
assada numa fogueira,
Sem comentários:
Enviar um comentário