quinta-feira, 21 de março de 2013

ManiFesto ANTI-CRISE


A furiosa vassoura do delírio arrancou-os de si mesmos: 

estavam exaustos, fartos no seu limite.

Sacudiu-os para as ruas profundas das vilas e cidades 
gritando ao mundo as suas faltas e mágoas.

“Temos que aniquilar os corruptos, calar os políticos loucos, 
largar a pesada coragem e ir à luta.

Abaixo os poderosos abastados, sem alma, 
de fatos cinzentos vincados, que tudo tem e nada dão.

Estamos dispostos a ajudar à queda final dos políticos corruptos,


 indignos da governação “ 
O silêncio em mim escureceu mais, 
dei um grito, 
escutei de súbito os apelos,

o brado agoniado dos meus famigerados compatriotas que, 
com paixão, pediam: 
pão, saúde, trabalho, proteção.

O poeta precisa cantar o amor à dor do vencer, 
ao perigo, à coragem, audácia e indignação.

Precisa exaltar a vigília delirante, 
a corrida à cadência atenta do pulo fatal para a reconstrução.

Precisa cantar que o país é próspero, 
ganhou algo novo: vencerá a crise com amor e paixão.

Vamos correr, tocar o topo, 
que a melhor e mais bela luta, 
a campeã, é sempre uma obra-prima.

Nada de olhar para trás que, 
se queremos arrombar as portas do impossível, 
o ontem já morreu.

Hoje vivemos em absoluto a eterna celeridade ubíqua 
de tudo poder querer e com garra vencer.

Exultemos multidões agitadas que clamam trabalho, 
saúde, casa e que, com inteligência, os terão.

Vamos falar-lhes da força do amor na reconstrução. 
Poetas lancem ao mundo este aviso:

“O Manifesto ANTICRISE”nasceu, aqui e agora, 
empunhemos todas as armas que temos à mão.

Este país tem que se libertar do cancro que o afeta. 
Nada de olhar o passado, isso a nada leva.

Daí sairemos vazios, sem aprender mais, 
danados, fatalmente diminuídos e mais pisados.

Vamos construir um mundo inovado. 
A anticrise pede creditação, eu acredito e TU, não?

Olha a gaivota a voar.
 SIM, sai do sofá de onde gritas, 
vê que o amor existe e ajuda nesta luta.

E o resto: a amizade, a união do povo, o respeito por ti, por nós, pelo Mundo, juntos facilitam.

Sim, “POVO”, que eu sou também, abre os olhos:
 não somos, não estamos no terceiro mundo.

Não queiramos isso de novo. 
Voltar para trás não, ouviram? 
Vamos à luta inteligente: desistir não!

Abaixo a crise, morra viva, 
assada numa fogueira, 
como se fosse uma BRUXA.


Inês MAOMÉ

fotos do google

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