Diego chegou a casa e a cena que viu encheu-o de ternura. Deitados sobre a cama, Marta dava de mamar ao filho, que deitado ao seu lado sorvia da mama da mãe o leite com sofreguidão. Ela passava-lhe os dedos pelo cabelo e o bebé deliciava-se com esses carinhos. Se pudesse pintava aquela cena, mas registou-a na sua memória para mais tarde a colocar na tela, e ao olhar Marta assim viu-a diferente de outrora, menos altiva, mais mulher. Se Marta lhe desse um pouco mais de atenção, tivesse tempo para ele, se o acompanhasse e partilhasse com ele a sua vida talvez ainda pudessem ser felizes. Estava bonita e atraente e vendo-a assim deitada daquele jeito com o filho, sentiu desejos de a beijar, de a possuir de lhe dizer que deviam tentar novamente.
Sentou-se junto dela, e os carinhos que ela fazia ao filho, Diego começou a fazer-lhe a ela.
-Estás bonita Marta, e o nosso filho, está lindo como tu. Tinha saudades de vos ver. Sabes que muito mais dele que é o meu preferido, mas tu estás maravilhosa.
-Diego, não exageres. Diego é muito lindo, mas é parecido contigo. A minha mãe disse-o desde que o viu e tem razão.
-Marta, sempre lhe puseste o meu nome? És um amor, e a tua mãe disse-te que ele é parecido comigo? Nem posso acreditar, tenho que ir a Madrid dar-lhe um beijo enorme.
-Mas sabes que estás bem, acho-te mesmo magnífica. Posso deitar o Diego na caminha dele. Preciso desta para nós, e sorriu imenso.
-Marta passou-lhe o menino para o colo, e ele com todo o cuidado e muito naturalmente como se já o fizesse há muito tempo, deitou-o na sua caminha ao fundo do quarto, no cantinho que Diego tinha preparado para ele no seu quarto.
Depois aproximou-se de Marta e foi franco:
-Estou carente de amor. Estás encantador, és a mãe do meu filho, porque não tentamos reaproximarmo-nos.
E abraçando-a talvez como nunca o fizera antes, beijou-a com muita ternura, imenso carinho e um desejo que desconhecia poder sentir por Marta. Já não se lembrava de estar ou beijar alguém depois daquele dia que beijara Camila. E de facto gostava do que sentia naquele momento com Marta. Nasceu-lhe a esperança de um reinício e Marta prometeu-lhe que iria fazer tudo para ser mais presente. Junto da mãe, sentiu a falta de Diego e enquanto o filho crescia e o tempo passava, confessou a Diego que desejava muito aquele momento. Iria fazer tudo para conciliar o trabalho na universidade, o crescimento do filho e o seu total apoio a ele.
Naquela tarde, ambos reafirmaram um ao outro que seria possível recomeçar, envolvendo-se como nunca, com extrema doçura, um prazer infindo, uma vontade enorme de que aqueles momentos nunca mais tivessem fim. Diego prometeu-lhe que iria esquecer “ antigos devaneios” e “paixões antigas”, queria ser-lhe fiel de corpo e alma, e naquele dia apesar de toda aquela paixão, Marta teve a certeza que não ficou grávida, mas garantiu-lhe que gostava tanto das emoções que vivia com Diego Júnior, que ainda haveriam de ter mais um filho.
Diego estava tão feliz que nem sabia que pensar.
Ele que sempre imaginara divorciar-se porque a mulher não lhe dava qualquer apoio, e depois fora
Marta a sugerir-lhe o divórcio, estava ali a amá-lo como nunca, e a dizer-lhe que lhe daria mais um filho.
Não ele não estava a sonhar.
Diego merecia ser feliz.
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