terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ao meu Lado

E ali ao meu lado tudo corre como sempre.

Tudo parece perfeito.

É como se tudo fosse como um porto exacto.

Mas um cais fechado e abandonado.

Um porto sem-abrigo, onde não há barcos, nem há mar, nem nada.

Onde não há vida, não há nada a suportar…, e isso que importa?

Um cais que nunca existiu, um porto que vive, mas só em sonhos vi.

Pronta para o agarrar e nele ancorar, mas nunca consegui!

Mas como eu, muitos barcos passaram e nunca aportaram…

E ambos de mãos dadas, eu e eles, procuramos ainda

Esse cais, onde ancorar.

Mas hoje já é tarde, o tempo passou.

O porto e esse cais, já não existem mais.

Hoje a espera cansou de aguardar.
O desespero e o desalento ruíram,

Afogaram-se desiludidos, perdidos pelo mar.

E eu perco-me aqui, como se este fosse o mar onde me consigo afundar.

Em vez de me perder ali ao seu lado,

Onde outros aportam seguros, num tempo parado.



Nada evoluiu e eu desisti de lutar….


Fotos do Goggle

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