quinta-feira, 9 de junho de 2011

O tempo passou

O tempo passou e eu fiquei sempre aqui, quieta e insegura com os meus anseios.
Permiti que ele levasse  a matéria e tudo o que com ela se degenera.
Dos sonhos, os mais torpes, desenvencilhei-me, mas enrolei-me nas
fantasias manhosas, impossíveis que me viciavam, mas que eu desejava,
fazendo-me crer que iriam acontecer a qualquer altura, no sonho mais profundo que sempre idealizara.
Preferi ficar com a mente e a alma  no passado..., presos lá atrás, onde ninguém já vê nada.
Em espírito, sentimento, coração, paixão e todos os amores vividos então.
Lá onde os guardei, numa caixinha lacrada,
todas as emoções sagradas da noite e do dia,
todos os risos dos instantes de euforia, de brincadeira, ou de choro rasgado de dor, 
toda a luz de cada manhã que amanhecia e a certeza de amores infindáveis, 
ficaram registados para sempre como se fosse possível voltar a um dia a tê-los na minha mão...

Então escolhi o melhor tempo em cada dia,
aquele registado nos momentos de maior ilusão,
onde vivi meus melhores momentos, sem utopia,
e a realidade era um sonho de não se acordar,
onde eu corria solta e a felicidade vinha
de braços abertos me abraçar.
E o tempo vai passando devagar, e a minha alma não quer fugir dos sonhos e  vir ter comigo agora,
enroscada cada dia nas alegrias de outrora....


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