sábado, 25 de setembro de 2010

Ele e Ela

 Mais uma vez fê-la chorar!
 Ela sabe que não é por mal, mas aquele bem querer em demasia é de tal forma intenso que fere e doi e  o sentimento de posse faz doer, quando não se pode ter o que não é nosso.
 Estarem juntos é sempre muito bom, mas os segundos são escassos, que todos têm que ser muito bem vividos e aproveitados!
 Mais tarde ela recorda cada um dos instantes como gotas de água que lhe refrescam o coração e a mente, como se fossem agua fresca que bebesse para matar a sede de muitos dias no deserto...
  Seria mais fácil esquecê-lo para sempre, fazer de conta que já não existe, que se perdeu no mundo, que fugiu para algum lugar distante, que nunca existiu! 
 Voltar a tê-lo ali tão perto, ajudá-lo daquela forma,  volta a despertar nela sentimentos de posse que ela não tem sobre ele. Isso fá-la  sentir outra vez medo de o perder!
 Ele não é dela, não lhe pertence. Não é coisa sua, então como pode  pedir-lhe, quase exigir dele, certas coisas, se ele não se lembra de lhas dar,  porque nem lhe passa pela cabeça que apesar de simples  são importantes para ela, porque não as sabe valorizar, porque não entende o valor que elas representam para ela, ou será que  ele deveria ser mais atencioso ?
 E naquela noite ela saiu a chorar, porque aquela musica que ela ouviu, tantas vezes com ele a caminho da escola, esperava tê-la dançado ali com ele!
  Uma simples quimera, um devaneio, um sonho de mulher criança, para ela que podia quase ser sua avó!
  Mas o convite não surgiu, e num rompante tudo foi muito rápido, demais que o desejado!


 Ela saiu atabalhoadamente, sem despedidas, sem ter lhe dito adeus como queria, com um sabor nostálgico, um vazio dentro de si, um sabor a nada, sem conseguir evitar que as lágrimas lhe banhassem os olhos fartos de olhar a sala e esperar  algo que nunca chegara, porque aquele não era decerto o seu tempo, o seu lugar....
...Que ciumes conseguia sentir daquela gente (amiga) que lho roubava assim, daquele jeito...!

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