sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Maria vai casar 6

Maria sentia-se feliz como nunca se sentira!
Longe iam os dias em que no seu país, vivendo só na aldeia, todos a olhavam meio de lado, como coisa rara. Vestida de forma singela  e pobre, que de outra forma não podia ser, com o cabelo amarrado, passava despercebida aos rapazes que mais lhe interessavam, que aos outros que a olhavam só por brincadeira, ela não dava a menor importância, apesar de com isso ganhar fama de pretensiosa pelo povo!

Agora estava feliz! Com o seu trabalho com os animais e na quinta, junto do pai, aprendeu e mostrou quanto valor tinha tinha. Todos reconheciam já á sua aplicaçaõ ao trabalho e o neto da Senhora da quinta já não passava sem a visitar inumeras vezes durantes as horas de trebalho!Os encontros repetiam-se. Um dia o mais provável aconteceu, Pierre declarou o seu amor a Maria! Ele gostava dela a sério, como ela sempre tinha sonhado ter alguém na vida a gostar dela. Amor sincero e verdadeiro, sem fingimentos, sem interesses materiais, pois que mais tinha ela? Muito amor em troca para lhe dar, e carinho e uma vida de ternura e fidelidade e mil e outras coisas que o seu coração todos os dias lhe oferecia sem cansaço e com doçura !

Não era nada recente! Foram-se conhecendo gradualmente e sem dar conta, de repente Maria já sabia falar muito bem francês e perceber muito bem tudo o que Pierre dizia, e também o que sentia!

Entendiam-se lindamente, bastava um olhar, um toque, e sabiam de imediato a vontade um do outro!
Durante muito tempo, conversaram o suficiente, primeiro por meio de gestos e meias palavras, porque se entendiam verbalmente menos bem, mas aos poucos foram dizendo um ao outro fluentemente o que pensavam da vida o que queriam dela, o que tinham feito e o que desejavam para o futuro, e chegaram a conclusões maravilhosas!

Ambos tinham gostos, sonhos, desejos muito semelhantes!
Nos mínimos detalhes eram parecidos!

Foi fácil reconhecer que a vontade de um era o desejo do outro. O importante no futuro para ambos, era estarem juntos, e seria isso que iria acontecer! Esse era o grande objectivo das suas vidas! Nunca mais se queriam separar!
Juras de amor, não faltaram nos passeios a cavalo que ambos faziam pela quinta. Os sulcos dos trilhos dos cavalos foram ficando vincados no chão, mas as rugas da avó, a  Senhora da quinta atenuaram-se, porque ao vê-los sair a cavalo, ou sómente a passear, os seus olhos voltaram a sorrir. Estava muito mais feliz, agora que Pierre namorava e ia casar com Maria, que ela tanto gostava. Com ele tinha arrastado para a quinta, mais visitas dos  irmãos e dos pais.
Realmente com Maria a quinta tinha ganho outra vida, estava mais viva, mais alegre, voltara a renascer!
 Desde que saira da aldeia Maria estava diferente!
 Transformara-se numa mulher maravilhosa, e a sua nova morada  estava completamente renovada, repleta de luz e felicidade, parecendo que há muito a esperava!
Maria ia casar, e depois de casada estava combinado, voltaria com Pierre e Fernando, seu pai, á aldeia.

Ela ansiava por todos esses momentos, esperava vive-los a todos com toda a intensidade e muita felicidade, exactamente como sonhou quando era jovem e vivia sozinha na aldeia!
Tinha a certeza que ia ser muito feliz!
Em pouco tempo, depois  de passar anos  de solidão e pobreza, de perder  a  mãe muito cedo, a  avó, trabalha sózinha sem amigos e quando nada o fazia prever o pai que ela não via desde bebé,chama-a para junto dele  em França,  fica noiva, ganha uma avó e claro toda uma família nova, que a acolhe muito bem.

Maria tinha aprendido muitas coisas novas e estava realmente preparada para  uma  vida  diferente ao lado de Pierre!
Ela sabia que tinha direito á felicidade, mas que para isso acontecer teria que lutar!
Estava disposta a travar essa luta e a vencer, e Pierre também. Ambos se consideravam já vencedores!

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