A História de uma menina triste, franzina e assustada, que só procurava a paz, amar e ser amada!
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Mãe, a minha ....
Penso tantas vezes em ti mãe,
mas tu estás longe,
não me ouves e deixas-te ficar no teu descanso .
Esperas que te visite amiúde,
mas tu mãe, sabes que isso me dói,
e também tu nunca mais me procuraste no meu canto.
Custa-me tanto viver este martírio,
estar assim fugida de ti, afastada e marginalizada sem razão,
escondida por algo que não fiz, não entendo,
só porque alguém cometeu um erro louco
me apontou o dedo, me chamou ingrata,
me escondeu de si a sua mão e o coração,
me roubou o colo e o aconchego da casa onde moras
que também já foi minha quando fui moça.
Custa-me saber-te aí todos os dias
e eu triste e só aqui sem te visitar,
sem te ouvir, sem te falar,
sem ver os teus olhos verdes, que mal vêm já os meus,
mas que eu gosto de olhar.
Sem te poder dizer tudo o que sinto,
e ouvir dizer de ti mesmo sendo mentira:: "filha estás bonita".
Preciso que me digas coisas que aliviem o meu pesar,
que me ouças, me deixes falar, que entendas o que vivo,
que sejas minha mãe de alma e corpo inteiro,
enquanto ainda é tempo de estares comigo e eu contigo
partilhando tudo o que podemos e temos para nos dar.
Vamos, vem também tu ter comigo,
perde o medo e vem estar a meu lado pelo menos um dia,
uma tarde, um momento único para ambas, e vamos conversar.
Mas tu não sabes nem entendes o que sinto,
pois se nunca percebeste bem o teu lugar,
como podes agora, que fui posta de lado, reagir,
se nunca deixaste de falar, falar muito,
mas permanecer em silêncio logo que alguém de voz grave te manda silenciar?
Mas mãe levanta essa cabeça, vem-me visitar pelo menos só mais uma vez,
antes que alguém te leve e não possas, mesmo que queiras,
sentir e olhar mais o meu rosto, chamar-me filha linda,
e bem juntinho e unida a mim para sempre ficar como sei que gostarias.
Sabes mãe,
amanhã ou quem sabe ainda hoje irei eu bater-te à porta e entrar,
dar-te um beijo, dizer-te que estou bem, muito bem,
e depois voltar mais animada para o meu canto,
aquele canto onde me refugio,
onde ainda espero que um dia me procures,
onde há muito tempo não te vejo a ti entrar!
Fotos do Google
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