Vamos,
vem ter comigo
Dá-me
a tua mão e nela o teu abraço
Porque
não vens de repente?
Agora
que tenho sede e por ti morro lenta
Por
tudo o que não me deste nunca,
vem
agora ter comigo.
Ainda há tempo
Ainda há tempo
Pelo
menos finge que me olhas,
Que me estimas e nesse enlevo, dá-me só um beijo
Mesmo
que seja de fugida
E
trata-me com carinho, aconchega-me e fala-me dos teus sonhos
Sonho-te,
quero-te tanto, que te escutarei atenta
Queria
sentir-te em mim, mesmo que fosse um segundo
Um
só instante apenas seria o bastante
E
tu verias como ao teu lado
O
sol que sai de mim é mais puro
É
mais brilhante que um diamante
Nunca
me olhas, mas falas-me.
Sei
que não me queres, mas não me importo
Falas-me
mal, e eu parva esqueço o que não me dás
Esqueço
o que me dizes e me fere,
Calo
a falta do abraço, do beijo, e do resto
Emudeço
na esperança que um dia ainda me olhes
Passes
à minha porta
Me
vejas algures e num repente me digas:
Vamos,
e
eu louca, sem refletir um instante
Vá
sedenta, contigo onde me levares.
Inês Maomé
Inês Maomé
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