É um nó que se cria dentro do peito,
que vai crescendo,
que nos domina,
que não se vê, mas se sente intenso,
que a mim me faz doer
numa mistura de ansiedade e inquietude,
também de alegria,
de amor sofrido, incontido
que me confunde e alegra ao mesmo tempo
e faz desaguar no nosso rosto,
no meu rosto, desalentado e triste,
gotas de água,
lágrimas que me consolam e aliviam.
É muitas vezes assim que sinto,
vivo o amor.
É muitas vezes assim que nele existo
me alongo
e deixo lentamente
que esse nó no meu peito se desfaça
Inês Maomé
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