TERRA …AMOR MEU QUE JÁ NÃO TENHO
Mar
salgado, negro
Profundo
Cor
da solidão de que me visto
Terra
crua, onde me afundo
Que
não me vê,
Que
eu não vejo
Como
me olha a mim
Mãos
vazias
Distantes,
geladas
Que
eu procuro para revestir as minhas
As
tuas,
Mais
regeladas ainda
Distancia
que tanto lamento
Que
choro e grito
Que
em vão busco, nesse mar infindo
Nessa
terra que me inuma viva
Terra
que não vejo
Mas
pressinto
Me
come os olhos, a pele, a carne, os ossos
Entra
no meu coração
Me
oferece de graças lágrimas secas, sem cor
Que
me encharcam de dor
Sou
eu vestida de nu
Vazia
de ti e de mim
Fugida
da tua pele de cetim
Do aroma
a rosas brancas
Vermelhas,
purpura,
E do
jasmim
Que
vive encostado à nossa porta
Lírios
roxos que te enfeitam
Cor da
paixão
Que assim
te choram e gritam
Me fazem
penar sem fim
Inês Maomé
07/09/2015
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