ELA…. e o Fim!
Olhar baço,
Sem vida
Distante, frio e cansado
Distante, frio e cansado
É o que lhe vejo, quando a atento
Olhar que nunca antes lhe vi
Que hoje mora com ela
E nela colado, a destrói, dela não sai
Que hoje mora com ela
E nela colado, a destrói, dela não sai
Não a larga um instante
Parece algo danado que a agarra e persegue
Algo a que com força resiste
Impulso fatal a que escapa cada dia, cada segundo
Mas quanto mais…não o sei…
Bate-lhe no peito apressado
O coração doente
O coração doente
A mente quem sabe o que a povoa?
Será que sente dor?
Será que sabe que ainda é gente?
Será que sente dor?
Será que sabe que ainda é gente?
Gente é, mas será entende,
Que conhece em nós o amor de hoje, como antigamente?
Há muito que fechou a boca
Cerrou os dentes
Não come, não fala
O seu olhar já não brilha
Não cintila como antes
Quando se viam neles
Estrelas fulgentes cintilar
Cerrou os dentes
Não come, não fala
O seu olhar já não brilha
Não cintila como antes
Quando se viam neles
Estrelas fulgentes cintilar
E felizes cantavam para tudo festejar
E choravam, sorriam
Amavam
Eram de verdade, gente viva e contente…
E choravam, sorriam
Amavam
Eram de verdade, gente viva e contente…
Como a amei, lhe quis e quero bem.
E quando partir?
Qual será esse dia?
Como será a seguir?
Qual será esse dia?
Como será a seguir?
Tudo vai ser para sempre diferente
Sei que vai chover no meu coração.
Sei que vai chover no meu coração.
Na minha alma, guardarei o seu estar
O seu andar apressado
O querer fazer tudo
Do seu passado o que retive em mim
O seu andar apressado
O querer fazer tudo
Do seu passado o que retive em mim
A grande mulher que foi
Boa avó, preciosa mãe
Amiga do bem
Amiga do bem
Crente em Deus
E o Amor que me deu, e a todos
Recordarei para sempre
As suas mãos, que tanto fizeram
Tanto lidaram
Agora presas, amarradas, vou lembrar
Por ser este o seu último estar
E presa a mim,
Agora presas, amarradas, vou lembrar
Por ser este o seu último estar
E presa a mim,
Num abraço atado, vai ficar…
Gosto de ti por tudo que foste,
Amo-te sempre
Saudades de ti, minha segunda mãe.
Inês Maomé
31/05/2015
31/05/2015
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