A História de uma menina triste, franzina e assustada, que só procurava a paz, amar e ser amada!
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
ESSÊNCIAS de nosso AMOR
:ESSÊNCIAS
Vi-te, era pouco mais que adolescente.
Cheirei-te com o olhar atento,
Cobicei-te o teu amor, desde aquele momento.
Tontaria a minha,
sentir em ti o aroma do jasmim, das flores do campo…
O alegre odor da Páscoa, o tilintar dos sinos da igreja…
Sentir,
no perfume do teu corpo, o rosmaninho e o alecrim dos montes...
Mostravas a força dos carvalhos altos
E a frescura das fontes puras que eu nunca vira antes.
Um mar me inundava, espuma branca e pura me envolvia
E em mim perduravam.
Assim livremente cativa,
Do mais profundo do teu olhar da cor dos oceanos,
Ouvidos e olhos se me prenderam
E amei-te para todo o sempre.
Nos teus lábios já me adivinhava,
Como anelada no teu corpo másculo,
Sentia-me ali toda tua...
Mergulho imenso, em que o eu e o tu se confundiam.
Como se fosses coisa minha, ambos ali nos completávamos.
Fiz-me mais mulher, mirei-te sempre com esperança
- ” Minha mulher…, só minha “! Balbuciaste-me, um dia, ao ouvido.
Brilhando, mil vezes rodopiei.
Sorri, fui feliz!
Sem o adivinhares, trazia-te, há muito, suspenso no meu peito.
Meu mar e minha lua, lua só minha,
A lua que iluminava a noite da nossa rua...
E era eu o sol que te aclarava a vida, pensando que o não sabias.
Naquele dia, havia no teu olhar o mesmo cheiro de sempre.
No teu abraço apertado, o odor a jasmim e a rosas do nosso jardim.
E os beijos me sabiam a fruta fresca, lembrando amoras silvestres do Verão.
Borboleta azul, anil, rosa e violeta, esvoaçava feliz à tua volta,
Na certeza de que ia ser tua para sempre.
E tu, de olhar meloso e profundo,
Segurando na tua mão forte e macia a minha mão frágil:
“- Vamos sair logo à noite?
Tenho coisas bonitas para te dizer à luz da lua….”
E eu nem sei o que respondi.
Sorrindo como uma tonta,
Com a cabeça, mil vezes respondi: que sim.
Inês MAOMÉ
31/12/2013
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