terça-feira, 5 de novembro de 2013

SEM TI


 

SEM TI

Noites sem ti são um pesadelo
Sonhos densos habitam-me 
E dominam-me por completo
Atormentam-me… não os entendo
O frio da casa vazia 
gela-me os ossos
A cama, sem ti nua 
Parece outra, maior e distante de tudo, 
gelada pela tua ausência, amua de tristeza
nunca aquece
Eu encolhida, estremeço toda 
e num lamento
permito esse existir que não pode ser de outro jeito
Quanto tormento neste existir de fim de vida
Fazes-me falta, preciso-te comigo
És o meu tudo 
Sinto-o mais, cada dia que passa
O teu corpo aquece-me
Só ele e o teu abraço forte e doce
Me animam e confortam e eu melosa, gosto
A tua voz habita-me, enche-me de luz 
e esta casa, a nossa casa vazia
tal como eu 
nua e despida de sons e movimento, 
sem ti parece morta

Anda amor, volta depressa
Vem falar-me docemente aos ouvidos
vem encher-me e à nossa casa,
de amor e muitos mimos.

Inês Maomé

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