Um mundo novo
Salvar das trevas o que está danado, no brejo, confuso
e imundo
quilhado por todos os que o habitam é urgente!
Será que vamos a tempo?
Pobres, os inconscientes que nele moram não sabendo o
que fazem,
o que querem…,
perdidos na escuridão, afundando-se com ele nas
trevas…
“ Pai
perdoa-lhes que não sabem o que fazem…”
Jesus, Homem diferente, desigual e único, gritou ao
Pai num ultimo suspiro
o eco que se ouviu no Universo…
e niguém ouviu…
e TU , ATEU , ouviste, cala-te és como eu!
E tudo continua como antes, perdido,
pior que
sempre…numa luta que não pára.
Quanto “AI” aflito, quanto lamento…
Mundo, povos, gentes , olhem para o lugar é nosso…
Vamos reargue-lo juntos?
Morrer, derramar sangue maldito, nadar e nele
chafurdar, NÃO!
Sangue desgraçado, que não é de ratos, nem burros,
leões ou mosquitos…
é de HOMENS como nós….
É de gente que
grita, que tem fome de algo a que tem direito.
Quem o sabe? Eles?….
Não o sei, e vocês saberão!
VAMOS À LUTA DA RECONSTRUÇÃO?
Gente que mata faminta sem chegar a saber que nasceu
e podia ter ser rica de tudo ou nada,
mas ser gente limpa….
Rica de amor, de PAZ, de abraços, de actos amantes e
delirantes
Sentir que fazer um filho é bom, dá prazer, é dar
continuidade à VIDA…
Mas não têm tempo, não sabem, são, estão todos loucos…
Sim, para quê um filho, se depois lho matam,
colocam no regaço
forrado do sangue imundo que indica o final de tudo?
Eu não quero isso. TU queres?
Não creio no mundo onde habito…
Será que o poema o credita?
Poetas escrevam, gritem o poema que pode salvar o
mundo que é nosso,
onde todos estamos e está a morrer aos poucos.
Eu não…Eu não sei. Eu não posso….
Eu vivo mas, com isto, morro depressa!
INÊS Maomé
18/09/2013