quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

OLHOS TRISTES


 
OLHOS TRISTES

 
Os meus olhos pesarosos

feridos de desgosto e dor,

choram de angustia

e de um enorme temor.

 

Choram tristes e magoados  

que nem sei medir o quanto,

desiludidos, feridos e desencantados

por um amor que se foi e tudo me ter negado

 

Estão feridos e como eu toda,

não param  o penoso pranto,

vertendo lágrimas gélidas, 

torturando-me  a alma 

ferindo-me o corpo

que fica em pedaços

levando-me os sentidos

fazendo-me morrer aos poucos,

conduzindo-me às trevas 

e assim me apagam,

me negam o ser,

me secam da vida todo o querer

 

Quanto desprazer, quanta desventura

viver assim neste  obscuro mundo

 

Olhos tristes, infelizes,

Os meus diferentes de todos

que sei pisados por uma dor que não passa

 

Olhos sem brilho, moídos de desespero

por tanto choro inglório

Olhos que vivem em pranto,

olhos meus,

que não quero sentir tristes

nem por ele,

nem por mim,

nem por ninguém neste mundo

 

Deus,

não deixes que os meus olhos chorem,

pois de que me vale chorar?

 

Seca de vez o meu  pranto

não me faças mais chorar

ensina-me a sorrir, a crer e acreditar

senão embaciados do pranto

a cor dos meus olhos morre,

fica baça e sem luz

e caídos de tristeza

não voltarão a brilhar

a sorrir e ser felizes …

a renascer outra vez 

e quem sabe a florescer se um outro amor renascer…

 

Inês Maomé

18/02/2014

 

 

 

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