EGOÍSMO Que saudades eu tenho De ter saudade, De alucinar verdades, Uniformidades, Maldades Com a tua cara Rara No fundo da distância. Que saudade de sonhar, De brincar ao gostar Do que não tinhas Para dar. Não expliques Ou tentes complicar O grito de cobardia No rio do silêncio. Resta viver a triste fantasia De a realidade construída Ser mais real do que Perseguir as sombras vivas Do passado. Não foi inventado, Não está errado, Apenas impossibilitado Pelo pensamento redutor De que a dor é o caminho Mais fácil. Afoguem-se em ciume, Achem-se na cama, Rebolem no estrume, Apaixonem-se na lama. Não te vou convencer Ou sequer desconhecer Ao ponto de te mudar. É por isso que te escrevo Este poema que é último, O último egoísmo Que não passa De outro cinismo. O meu palco é o mundo, Multidão ou pessoa que me acolhe, Que diz o que fala, Fala o que sente, E acima de tudo Sabe que o amor não mente Nem fica surdo e mudo Na teoria do esquecimento. |
De: António Carvalho |
A História de uma menina triste, franzina e assustada, que só procurava a paz, amar e ser amada!
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Amor Egoísta
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