terça-feira, 25 de novembro de 2014

MEU PARAÍSO



MEU PARAÍSO

Acumulei em mim a imundíce de uma vida
Cada mágoa dorida
Pisada e sofrida com tortura
Cada sentir na minha alma apertada
Ausência de amor regalado
Quanto desejo em vão querido
Perdido em meu corpo ora cansado
Pela espera do teu
Gasto em qualquer esquina de rua
Quadro de pesar pintado em meu rosto
Lábios secos, olhar de fome de ternura
E eu suspensa na amargura de um louco querer
Todo um querer meu e mais que fosse
Ai fosse eu uma borboleta esvoaçante e bela
Poisaria com ternura na lapela do teu ser
E serias meu
Enfeitiçado pela cor das minhas asas de veludo
Macias asas que te tocariam
Beijariam até querer
Meu sol e mar
Floresta verdejante
Paraíso eterno onde contigo me perderia
E contigo moraria até tudo acontecer
Ó quanto esplendor renasceria em mim
Sem sombras, e eu uma flor seria tudo em ti
Até desfalecer…perder a cor
Mas seria…

Inês Maomé
25/11/2014



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